Perguntas frequentes

O que é o Março Azul?

O Março Azul é uma campanha de conscientização dedicada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer colorretal (câncer de intestino). Realizada anualmente durante o mês de março, tem como objetivo informar a população sobre a importância dos exames preventivos, os fatores de risco, os sintomas e as opções de tratamento disponíveis para esta doença. A escolha da cor azul simboliza o compromisso com a saúde e a vida, incentivando ações que promovam a conscientização sobre o câncer de intestino.

Como surgiu o Março Azul?

O Março Azul surgiu nos Estados Unidos, durante o governo do Bill Clinton, e aos poucos se difundiu para Canadá, Europa e outros países. No Brasil, por iniciativa das entidades médicas ligadas ao combate desse tipo de câncer (SOBED, SBCP e FBG), a campanha tomou corpo em 2020, com o intuito de aumentar a conscientização sobre o câncer colorretal. O formato adotado no Brasil foi inspirado em movimentos similares que dedicam um mês para a conscientização sobre diferentes tipos de câncer, como o Outubro Rosa (câncer de mama) e o Novembro Azul (câncer de próstata).

Por que a edição de 2024 terá ação especial em Óbidos (PA)?

Óbidos, no Pará, foi escolhida para uma ação especial devido à sua baixa razão de médicos por habitantes (1,2 médico por mil habitantes) e às projeções do INCA, que indicam um aumento de 52% no número de casos de câncer colorretal entre os homens e 2,8% entre as mulheres do Norte nos próximos anos. O município, com uma população de 52 mil habitantes, tem cerca de 7 mil pessoas na faixa etária elegível para triagem por meio do exame de sangue oculto nas fezes. Em resposta a esses desafios, a Secretaria Municipal de Saúde mobilizou Agentes Comunitários de Saúde para educar o público-alvo sobre a importância do rastreamento do câncer colorretal, incentivando a participação na campanha. De 11 a 17 de março, médicos e enfermeiros voluntários das instituições organizadoras oferecerão atendimento aos pacientes que foram previamente rastreados. A escolha de Óbidos também leva em consideração as dificuldades logísticas da região, que incluem longas distâncias e dificuldades de transporte. A iniciativa é uma colaboração entre as Sociedades Brasileiras de Endoscopia Digestiva (SOBED) e de Coloproctologia (SBCP), juntamente com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e a ONG Zoé. Expedições semelhantes aconteceram nas edições anteriores da campanha, em Piranhas (AL), Pilar (AL), Belterra (PA) e Cairu (BA), onde as organizações uniram esforços para superar as barreiras e promover a saúde local.

O que é o câncer de intestino?

É um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, também chamado de cólon e reto. Ele quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede do intestino.

O que causa essa doença?

Embora muitos casos não tenham uma causa específica, fatores de risco incluem excesso de gordura corporal, consumo elevado de carnes vermelhas e processadas, baixa ingestão de fibras, tabagismo, e consumo de álcool. Histórico pessoal ou familiar de pólipos, doenças inflamatórias intestinais ou câncer de intestino também aumentam o risco.

Quais os principais sinais de alerta?

Os sintomas incluem sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes e presença de massa abdominal. É importante investigar esses sintomas com um médico.

Como prevenir o câncer de intestino?

Prevenção envolve prática de atividade física, limitar consumo de carnes processadas e vermelhas, priorizar alimentos vegetais na dieta, não fumar e evitar bebidas alcoólicas. Exames de rastreamento, como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, são recomendados para pessoas entre 50 e 75 anos.

Como os exames de rastreamento ajudam a prevenir o câncer de intestino?

Exames como o teste de sangue oculto nas fezes podem detectar sangramentos não visíveis causados por pólipos ou tumores. Alterações nesse teste indicam a necessidade de uma colonoscopia, que pode diagnosticar e até tratar lesões precocemente, prevenindo o desenvolvimento do câncer.

Quais são as estatísticas mais recentes sobre o câncer colorretal?

O câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil, tanto entre os homens quanto em mulheres, atrás do câncer de próstata e de mama feminina, respectivamente. O número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto (ou câncer de intestino) para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos (21.970 homens e 23.660 mulheres), segundo o INCA. Número de mortes: 21.262 (10.662 homens e 10.598 mulheres) em 2021, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer.

Como a detecção precoce pode ajudar na prevenção do câncer colorretal?

A detecção precoce pode ser realizada por meio de exames de sangue oculto nas fezes em pessoas assintomáticas acima de 50 anos. Se positivo, é indicada a realização de exames como a colonoscopia, para visualizar o interior do intestino e, se necessário, remover pólipos antes que se transformem em câncer.

Qual é o processo de diagnóstico para o câncer colorretal?

O diagnóstico é confirmado por meio de biópsia, na qual um pequeno pedaço de tecido suspeito é retirado e analisado. A amostra geralmente é coletada durante um exame endoscópico.

Como é tratado o câncer colorretal?

O tratamento principal é a cirurgia para remover a parte afetada do intestino e os gânglios linfáticos próximos. Dependendo do estágio do câncer, pode ser necessário complementar com radioterapia e/ou quimioterapia para reduzir o risco de recidiva.

Qual é a importância do acompanhamento pós-tratamento?

Após o tratamento, o acompanhamento médico é crucial para monitorar possíveis recidivas ou o surgimento de novos tumores. Isso inclui consultas regulares, exames de sangue para marcadores tumorais, colonoscopia e exames de imagem.

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